sábado, 14 de agosto de 2010

Ilusões de uma Menina Má

Pois é... eu ia criar outro blog, e criei, porém, fui ler umas postagens antigas desse e vi que não podia abandonar isso.
Então irei apenas dar uma repaginada geral por aqui...
Mas continuar por aqui.


Então agora oficialmente esse é o novo post da nova temporada desse blog...
Espero que gostem.

E de agora pra frente, as Ilusões de uma Menina Má se transforma nas Ilusões e Ideologias.
Porém, a menina continua má.

Olá!

Meu nome é Marina, sou uma mineira de 17 anos e estou no 3º ano do ensino médio.

Escrever não é o meu forte, é um hobby deixado de lado há algum tempo e talvez essa não seja a melhor hora de voltar a pratica-lo, pois pretendo ao final deste ano prestar e passar no vestibular de alguma universidade federal por aqui.

E escrever me toma tempo.

Porém, tenho problemas com a maldita gramática, e preciso corrigi-los, e treinar a fazer redações, então, porque não fazê-los escrevendo sobre as minhas malditas ideologias e ilusões?

Tá, mas na verdade é porque simplesmente me deu vontade de voltar a escrever, de ter o meu blog.

Ilusões
Sou pisciana, e nada melhor pra me conhecer do que lendo um bom guia de personalidade astrológica do pisciano. Sou extremamente emotiva e sonhadora, e preciso de uma causa pela qual lutar, um significado para tudo.


Por muito tempo, meus sonhos frustrados se transformaram em ilusões, culpados da maldade da menina. Uma maldade confusa e mal definida, como a cabeça dela normalmente foi. Ilusões românticas e simplórias de pré-adolescente, que a menina de hoje condena. Essa menina que não sabe se refere a si mesma como menina, garota ou mulher. São sonhos de menina, corpo de garota, mente de mulher... ou não.

Agora os sonhos são outros, ou os mesmos, melhor elaborados. As ilusões não se fundem mais somente aos sonhos, mas às novas ideologias, a novos sonhos confusos e revolucionários. À sonhos românticos com base científica. A uma confusão de pensamentos e palavras que sempre insistem em sair do nada quando começo a escrever.

Ilusões estas que tentei fugir, e por instantes cheguei a acreditar que consegui começar a viver um dia de cada vez, sem ficar sonhando ou planejando o futuro. Mas ontem vi que não, os sonhos explodiram em mim com toda força, tantos desejos, aqueles velhos desejos românticos e revolucionários. Aquelas novas e velhas ideologias, e aquela vontade de espalha-las pelo mundo.

Ideologias
Aqueles pensamentos que mesmo inconscientemente você tem. Aquele porque que nos faz vestir determinada roupa, ter preconceito com determinada pessoa, que faz você escrever algo em algum lugar, que te faz falar como você fala. Que faz você ser do jeito que você é.

Grandes e pequenas ideologias, nacionais, locais ou internacionais... Não deixam de ser ideologias.

Esse meu pensamento social, anti-consumista, anti-burguês, o rock, minha opinião a favor da ciência, a minha repulsa por instituições de alienação das massas, a minha forma de vestir, a minha forma de falar, a minha personalidade, a minha vontade de acabar com o desrespeito, a minha repulsa por certas atitudes humanas, a minha vontade de mudar o mundo.

Ideologias, opiniões que fazem com que tanta gente me odeie, ou que goste de mim.

Sonho
De mudar o mundo, de participar de movimentos louváveis da história, de participar da história. Não que eu queria entrar para a história, mas quero fazer parte dela, quero ter história para contar para os meus filhos, não apenas das coisas felizes que fiz, mas de coisas que fiz para que eles tivessem um mundo para ser feliz.

Eu quero ser reconhecida, um dia, fazendo por merecer, como alguém da elite pensante desse país. Queria, se possível fosse voltar ao passado, fazer parte do grupo de 22, e de tantos outros grupos que culturalmente revolucionaram o país.

Eu queria saber fazer arte, cultura. Mostrar para todos uma cultura artística e social que eu acredito. Ou não fazer nada disso, mas tentar fazê-lo. Mesmo que tudo continue como tá, que nada mude. Eu vou sonhar, não vou mais tentar não sonhar.

Mas meu sonho maior mesmo é viver o hoje. Um dia de cada vez, carpe diem. Quero amar, sonhar, ser feliz. Quero casar, ter filhos, me formar, ser uma Engenheira Civil de sucesso.

E talvez o sonho de mudar o mundo acabe se transformando apenas em mais uma ilusão. Mas quero aqui começar uma viagem, pelo mundo da cultura, da arte, da informação, da ciência e da opinião. Mesmo que não saia daqui desse interior, eu viajarei e mostrarei ao mundo meu caderno de viagem.
Porque não!?

Quer viajar comigo!?

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Leia-me

Te convido agora a pular essas letras de músicas, da minha época de inspiração zero, e ler uns poeminhas e outros textos antigos ai...

Eu os reli, e gostei deles, mas do que quando os escrevi...
A emoção é diferente.

Mas, então, leia-os...
E depois vai no meu novo blog: www.ilusoeseideologias.blogspot.com

xD

Eu voltei/Eu mudei

Olá,
Tenho uma notícia boa: voltarei a escrever.
Porém em novo endereço: www.ilusoeseideologias.blogspot.com
Apesar de mudar bastantante o estilo dos meus textos, esperos que leiam e gostem. =)

A Menima má cresceu, suas ilusões evoluiram, se transformaram em ideologias, novas ilusões foram criadas, mas a menina continua má.

Espero vocês lá!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Arqueira como a mãe (Fanfic - Parte 2)

- Mamãe! Mamãe! Socorro!

Os gritos da pequenina ecoavam pelas ruas de Prontera. A menina corria desesperada rumo a sua casa, seguida por um nervoso Rosa Selvagem. Ela gritava:

- Mamãe, socorro! Esse Rosa Selvagem quer me matar!

A mãe ouvindo os distantes e desesperados gritos da filha, gritou: "Caminho do Vento" e saiu correndo, de arco na mão, ao socorro da filha. Assim que avistou-a posicionou seu arco, equipou uma flecha e puxando a corda do arco com toda sua força gritou:

- Rajada de Flechas!

Assim que ela acabou de dizer essas palavras, iniciou-se uma luz banca e uma flecha a toda velocidade saiu do arco daquela bela Atiradora de Elite e foi parar bem no coração do Rosa Selvagem, que caiu desacordado no chão.

A pequenina foi correndo para os braços de sua mãe e abraçando-a disse:

- Obrigada mamãe! Eu estava andando pela cidade e sem querer pisei no rabo daquele Rosa Selvagem, que ficou furioso e saiu correndo atrás de mim.

- Calma minha filha, agora já está tudo bem!

A bela mulher pegou sua filha no colo e levo-a para dentro de sua casa. Chegando lá, colocou-a no sofá da sala, foi para a cozinha, abriu o armário e pegou um vidrinho de Poção Laranja e o entregou a filha.

- Toma querida, isso vai te fazer sentir melhor.

Um pequeno gole e a menininha já se sentia pronta para outra, não que ela quisesse passar por isso de novo.

- Mamãe, quando eu crescer, quero ser como você. Forte, bondosa, linda e quero também poder usar um arco como o da senhora.

A mãe sorriu com a declaração da filha e disse:

- Meu arco não é bom minha filha, se você quiser, conseguirá um muito melhor que este, você será muito mais forte e mais bonita do que eu. Mas falando nisso você já pensou em qual profissão irá exercer quando começar seu treinamento?

- Eu quero poder usar um arco, como você.

Então a mãe lhe contou sobre todas as profissões, as habilidades, as promoções, os testes. E a pequena se decidiu, queria ser Arqueira, como um dia sua mãe foi. Mas ainda estava em dúvida sobre qual promoção focaria, se queria ser promovida a Caçadora ou a Odalisca.

Ficava maravilhada com as armadilhas que a mãe preparava e com suas habilidades com o arco. Mas gostava também das histórias das Odaliscas e Ciganas que sua mãe contava, sobre suas danças poderosas e suas habilidades com as cartas de tarô.

Mas ela tinha uma certeza, seria uma Arqueira. Poderia usar arcos, atirar de uma longa distância e fabricar flechas, isso a fascinava.

E essa certeza persistiu por muito tempo, até hoje, até agora que comecei meu treinamento e estou diante do funcionário encaragado dos testes para futuros Arqueiros e me lembro daquele dia com minha mãe, quando ela me contou tudo sobre os Arqueiros.

Falo com o senhor, entrego-lhe os troncos que consegui, ele fica satisfeito, me promove a Arqueira e me dá meu primeiro arco.

Saio da Guilda dos Arqueiros vou ao encontro da Kafra de Payon, peço à ela que me teleporte para Prontera. E agora, aqui estou, de volta a Prontera, minha cidade natal!

domingo, 25 de outubro de 2009

O Início (Fanfic - Parte 1)

Era quase noite, e lá estava eu, uma pequenina aprendiz conversando com muitos outros aprendizes que aguardavam ansiosamente a inauguração da nova fase de treinamento. Eram mais de 200 aprendizes impacientes esperando o momento em que a senhorita Zion começaria a atender os novatos.

Mas a demora me deixou nervosa, então decidi começar um pequeno joguinho com alguns amiguinhos para se distrair. E deu certo, tão certo que nem notamos quando Zion anunciou que começaria a atender os novatos e que estava inaugurada a nova faze de treinamento.

Quando percebi o que estava acontecendo foi correndo pra Zion para receber suas primeiras instruções. Em meio a tanta gente era inevitável os empurrões e tropeços, todos queriam ao mesmo tempo falar com Zion.

E eu que havia me atrasado um pouco para a inauguração fiquei pensando como teria sido aquilo ali poucos minutos atrás. Mas de 200 pessoas tentando ao mesmo tempo falar com uma unica pessoa, muitas gente tirando fotos e fazendo novas amizades.

Mas não era isso que eu queria agora... Naquele momento, eu queria era aprender, aprender muito, o máximo que conseguisse. Então conversei logo com Zion, fiquei super feliz quando recebi seus primeiros pontos de experiência. Mas é claro, tirei algumas fotos da multidão, estava lindo ver tantos aprendizes juntos.

Após tiradas as fotos, ganhados os pontos de experiência e aprendido coisas muito básicas fui apressada para o castelo do treinamento, estava ansiosa para começar as aventuras.

Então entrei e se inscrevi no treinamento. Primeiro fui falar com a instrutora de itens, apesar de querer aprender não prestei muita atenção no que os professores diziam, minha mãe já havia me ensinado tudo aquilo. Porém mesmo não prestando atenção fiz todas as aulas, os itens e equipamentos que os mestres me dariam seriam muito úteis.

Falei com todos os instrutores, aprimorei minhas habilidades básicas ao máximo que pude, e me preparei para o combate. Equipei meus equipamentos de aprendizes um por um, coloquei minhas poções de aprendiz num lugar de mais fácil acesso e parti para o ataque.

Primeiro me apareceu um Poring, sempre gostei de Porings... Desde a primeira vez que minha mãe me mostrou um achei aquela bolinha rosa gelatinosa super fofa. Mas era necessário mata-lo. Então fechei os olhos coloquei toda a minha força na adaga que eu estava segurando e enfie-a nele, bem no meio, e enfiei-a novamente, e mais uma vez, até que ele se despedaçou no chão.

E depois desse Poring foram aparecendo muitos outros monstros... Chon-chons, Lunáticos, Drops tentei matar a todos, mas tinha muita gente no campo de treinamento então era preciso prestar atenção pra não sair dando KS no monstro dos outros, apesar de isso ser quase inevitável.

Mas então me lembrei de que precisaria de troncos para a quest de Arqueiro, pois já tinha me decidido sobre a minha primeira profissão, seria Arqueira como minha mãe. Então pedi ao funcionário do campo que me levasse para o mapa dos Salgueiros e para lá fui, para terminar de pegar a experiência que ainda me faltava e conseguir os troncos requisitados na quest que um dia minha mãe teria me contado a respeito.

Passado um tempinho lutando contra monstros, tentando driblar tanta gente, ter conseguido a quantidade de troncos necessários e também a experiência necessária fui falar com o agente de checagem para que ele me mandasse para a próxima fase do treinamento.

Entrando na sala fui falar com um senhor Bruce, um senhor muito simpático que conhecia tudo sobre as primeiras profissões, perguntei a ele sobre os arqueiros e ele me deu algumas informações sobre a profissão e a vantagem do arco. Me disse também que depois poderia ser promovida a Caçadora ou a Odalísca. Eu ainda não tinha me decidido sobre qual das duas eu seguiria no futuro, mas sabia que entre todas as opções eu queria uma dessas duas.

Enfim falei com o senhor Hanson que me deu um teste vocacional para preencher. Preenchi-o mas esse teste estava furado, deu que tenho vocação pra Espadachim, mas decididamente não tenho vocação nenhuma pra mexer com espadas. Então contei a ele que gostaria de ser uma Arqueira, ele me deu alguns presentes se despediu de mim e me mandou para guilda dos Arqueiros para que lá eu fizesse o teste e enfim me tornar uma Arqueira.

E pensei comigo mesma, este é o início da minha aventura pelo reino de Rune-Midgard.






Obs.: Baseado no jogo Ragnarok, do meu char no servidor TrakinasRO++

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Faroeste Cabloco

"Não tinha medo o tal João de Santo Cristo
Era o que todos diziam quando ele se perdeu
Deixou pra trás todo o marasmo da fazenda
Só pra sentir no seu sangue o ódio que Jesus lhe deu

Quando criança só pensava em ser bandido
Ainda mais quando com um tiro de soldado o pai morreu
Era o terror da sertania onde morava
E na escola até o professor com ele aprendeu

Ia pra igreja só prá roubar o dinheiro
Que as velhinhas colocavam na caixinha do altar
Sentia mesmo que era mesmo diferente
Sentia que aquilo ali não era o seu lugar

Ele queria sair para ver o mar
E as coisas que ele via na televisão
Juntou dinheiro para poder viajar
De escolha própria, escolheu a solidão

Comia todas as menininhas da cidade
De tanto brincar de médico, aos doze era professor.
Aos quinze, foi mandado pro o reformatório
Onde aumentou seu ódio diante de tanto terror.

Não entendia como a vida funcionava
Discriminação por causa da sua classe e sua cor
Ficou cansado de tentar achar resposta
E comprou uma passagem, foi direto a Salvador.

E lá chegando foi tomar um cafezinho
E encontrou um boiadeiro com quem foi falar
E o boiadeiro tinha uma passagem e ia perder a viagem
Mas João foi lhe salvar

Dizia ele: "Estou indo pra Brasília
Neste país lugar melhor não há
Tô precisando visitar a minha filha
Eu fico aqui e você vai no meu lugar"

E João aceitou sua proposta
E num ônibus entrou no Planalto Central
Ele ficou bestificado com a cidade
Saindo da rodoviária, viu as luzes de Natal

"Meu Deus, mas que cidade linda,
No Ano-Novo eu começo a trabalhar"
Cortar madeira, aprendiz de carpinteiro
Ganhava cem mil por mês em Taguatinga

Na sexta-feira ia pra zona da cidade
Gastar todo o seu dinheiro de rapaz trabalhador
E conhecia muita gente interessante
Até um neto bastardo do seu bisavô

Um peruano que vivia na Bolívia
E muitas coisas trazia de lá
Seu nome era Pablo e ele dizia
Que um negócio ele ia começar

E o Santo Cristo até a morte trabalhava
Mas o dinheiro não dava pra ele se alimentar
E ouvia às sete horas o noticiário
Que sempre dizia que o seu ministro ia ajudar

Mas ele não queria mais conversa
E decidiu que, como Pablo, ele ia se virar
Elaborou mais uma vez seu plano santo
E sem ser crucificado, a plantação foi começar.

Logo logo os maluco da cidade souberam da novidade:
"Tem bagulho bom ai!"
E João de Santo Cristo ficou rico
E acabou com todos os traficantes dali.

Fez amigos, freqüentava a Asa Norte
E ia pra festa de rock, pra se libertar
Mas de repente
Sob uma má influência dos boyzinho da cidade
Começou a roubar.

Já no primeiro roubo ele dançou
E pro inferno ele foi pela primeira vez
Violência e estupro do seu corpo
"Vocês vão ver, eu vou pegar vocês"

Agora o Santo Cristo era bandido
Destemido e temido no Distrito Federal
Não tinha nenhum medo de polícia
Capitão ou traficante, playboy ou general

Foi quando conheceu uma menina
E de todos os seus pecados ele se arrependeu
Maria Lúcia era uma menina linda
E o coração dele pra ela o Santo Cristo prometeu

Ele dizia que queria se casar
E carpinteiro ele voltou a ser
"Maria Lúcia pra sempre vou te amar
E um filho com você eu quero ter"

O tempo passa e um dia vem na porta
Um senhor de alta classe com dinheiro na mão
E ele faz uma proposta indecorosa
E diz que espera uma resposta, uma resposta do João

"Não boto bomba em banca de jornal
Nem em colégio de criança isso eu não faço não
E não protejo general de dez estrelas
Que fica atrás da mesa com o cú na mão

E é melhor senhor sair da minha casa
Nunca brinque com um Peixes de ascendente Escorpião
"Mas antes de sair, com ódio no olhar, o velho disse:
"Você perdeu sua vida, meu irmão"

"Você perdeu a sua vida meu irmão
Você perdeu a sua vida meu irmão
Essas palavras vão entrar no coração
Eu vou sofrer as conseqüências como um cão"

Não é que o Santo Cristo estava certo
Seu futuro era incerto e ele não foi trabalhar
Se embebedou e no meio da bebedeira
Descobriu que tinha outro trabalhando em seu lugar

Falou com Pablo que queria um parceiro
E também tinha dinheiro e queria se armar
Pablo trazia o contrabando da Bolívia
E Santo Cristo revendia em Planaltina

Mas acontece que um tal de Jeremias,
Traficante de renome, apareceu por lá
Ficou sabendo dos planos de Santo Cristo
E decidiu que, com João ele ia acabar

Mas Pablo trouxe uma Winchester-22
E Santo Cristo já sabia atirar
E decidiu usar a arma só depois
Que Jeremias começasse a brigar

Jeremias, maconheiro sem-vergonha
Organizou a Rockonha e fez todo mundo dançar
Desvirginava mocinhas inocentes
Se dizia que era crente mas não sabia rezar

E Santo Cristo há muito não ia pra casa
E a saudade começou a apertar
"Eu vou me embora, eu vou ver Maria Lúcia
Já tá em tempo de a gente se casar"

Chegando em casa então ele chorou
E pro inferno ele foi pela segunda vez
Com Maria Lúcia Jeremias se casou
E um filho nela ele fez

Santo Cristo era só ódio por dentro
E então o Jeremias pra um duelo ele chamou
Amanhã às duas horas na Ceilândia
Em frente ao lote 14, é pra lá que eu vou

E você pode escolher as suas armas
Que eu acabo mesmo com você, seu porco traidor
E mato também Maria Lúcia
Aquela menina falsa pra quem jurei o meu amor

E o Santo Cristo não sabia o que fazer
Quando viu o repórter da televisão
Que deu notícia do duelo na TV
Dizendo a hora e o local e a razão

No sábado então, às duas horas,
Todo o povo sem demora foi lá só para assistir
Um homem que atirava pelas costas
E acertou o Santo Cristo, começou a sorrir

Sentindo o sangue na garganta,
João olhou pras bandeirinhas e pro povo a aplaudir
E olhou pro sorveteiro e pras câmeras e
A gente da TV que filmava tudo ali

E se lembrou de quando era uma criança
E de tudo o que vivera até ali
E decidiu entrar de vez naquela dança
"Se a via-crucis virou circo, estou aqui"

E nisso o sol cegou seus olhos
E então Maria Lúcia ele reconheceu
Ela trazia a Winchester-22
A arma que seu primo Pablo lhe deu

"Jeremias, eu sou homem. coisa que você não é
E não atiro pelas costas não
Olha pra cá filha-da-puta, sem-vergonha
Dá uma olhada no meu sangue e vem sentir o teu perdão"

E Santo Cristo com a Winchester-22
Deu cinco tiros no bandido traidor
Maria Lúcia se arrependeu depois
E morreu junto com João, seu protetor

E o povo declarava que João de Santo Cristo
Era santo porque sabia morrer
E a alta burguesia da cidade
Não acreditou na história que eles viram na TV

E João não conseguiu o que queria
Quando veio pra Brasília, com o diabo ter
Ele queria era falar pro presidente
Pra ajudar toda essa gente que só faz...

Sofrer..."

Viva Lergião Urbana! Viva Renato Russo!

domingo, 16 de agosto de 2009

O Segundo Sol

Quando o segundo sol chegar
Para realinhar as órbitas
Dos planetas
Derrubando
Com assombro exemplar
O que os astrônomos diriam
Se tratar de um outro cometa...

Não digo que não me surpreendi
Antes que eu visse, você disse
E eu não pude acreditar
Mas você pode ter certeza
De que seu telefone irá tocar
Em sua nova casa
Que abriga agora a trilha
Incluída nessa minha conversão...

Eu só queria te contar
Que eu fui lá fora
E vi dois sóis num dia
E a vida que ardia
Sem explicação...

Explicação
Não tem explicação
Explicação, não
Não tem explicação"

Viva Cássia Eler!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A vida é minha

"Faça isso
Faça aquilo
Perca peso
Tenha estilo
Compre esse
Prove aquele
Siga a moda
Vote nele...

Não ponha palavra
sNa minha cabeça
Pare de falar
Antes que eu
Enlouqueça
Não quero dar
Explicações
Não vou mudar
Não importa
O que aconteça...

A vida é minha
Eu faço o que eu quiser
A vida é minha
Eu faço o que eu quiser...

Cante essa
Tenha medo
Fume outro
Acorde cedo
Tenha modo
sFique mudo
Ame o mesmo
Odeie tudo...

Querem que eu cale
E obedeça
E depois de tudo
Ainda agradeça
Ser só alguém
Dizendo "sim"
Não vou mudar
Não importa
O que aconteça...

A vida é minha
Eu faço o que eu quiser
A vida é minha
Eu faço o que eu quiser ..."

Capital Inicial

domingo, 26 de julho de 2009

...

Qual é o teu segredo?
Do que você tem medo?
Não sou nenhum brinquedo,
Que pode se quebrar!

Me dê algum motivo,
Por não estar contigo.
Quero saber se você
Tem um novo amigo?

Que ama você
Como eu amei?
E que também
Vai te proteger
E te dar o que
Eu não te dei...

Me desgrace,
Me odeie,
Só nunca esqueça
Que eu amei você
Me difame, me odeie,
Só nunca esqueça
Que eu amei você

Eu fui aos céus com você
E ao inferno também
Depois de ir às nuvens
Quase caímos no chão

Amar é muito fácil
Difícil é esquecer
Que um dia todo amor
Que tinha
Dei pra você

Quando percebi
Que não foi demais
Ja era muito tardeP
ra voltar atrás
Pra te dar o que eu não te dei

(Me odeie - Reação em Cadeia)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Teto de Vidro

Quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra
Andei por tantas ruas e lugares
Passei observando quase tudo
Mudei, o mundo gira num segundo
Busquei dentro de mim os meus lares
E aí, tantas pessoas querendo sentir sangue correndo na veia
É bom assim, se movimenta, tá vivo
Ouvi milhões de vozes gritando
E eu quero ver quem é capaz de fechar os olhos
E descansar em paz...
Na frente está o alvo que se arrisca pela linha
Não é tão diferente do que eu já fui um dia
Se vai ficar, se vai passar, não sei
E num piscar de olhos lembro tanto que falei, deixei, calei
E até me importei mas não tem nada, eu tava mesmo errada
Cada um em seu casulo, em sua direção, vendo de camarote a novela da vida alheia
Sugerindo soluções, discutindo relações
Bem certos que a verdade cabe na palma da mão
Mas isso não é uma questão de opinião
Mas isso não é uma questão de opinião
E isso é só uma questão de opinião...

-Pitty-